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CONAB - IGUATU |
A reclamação é geral. Pela manhã os produtores são atendidos para o preenchimento de boleto de pagamento no sistema bancário e somente no período da tarde o milho é entregue. "O nosso sofrimento é grande porque a gente passa mais de 12 horas, em pé, acordado, na esperança de ser atendido no dia seguinte e muitas vezes não dá certo", disse o criador, Luis Soares Oliveira, do Distrito de Santo Antônio, zona rural de Acopiara. "Eu já dei cinco viagens perdidas, e não recebi nada".
Homens e mulheres vindos de Acopiara esperaram por toda a noite e madrugada. "O gado está morrendo de fome e em algumas comunidades sequer há água", disse o produtor rural, Ivan Costa. "A gente só vem para cá porque tem precisão". O criador Manoel Moreira de 70 anos de idade, morador do sítio São João, em Acopiara, disse que amanheceu muito cansado por causa da longa espera no meio da rua. "Se tivesse transporte, eu teria desistido", disse. "É muito sofrimento para quem já é idoso".
Os produtores rurais reclamam da falta de informação e organização por parte da Conab. "Deveria ter um atendimento mais organizado e a seleção daqueles que vão receber o milho deveria ser feito antes, com antecedência, para evitar essa espera ao longo da madrugada", observou o produtor, Francisco Lopes.
No armazém da Conab, em Iguatu, havia 200 toneladas de milho em estoque. O temor de que a quantidade é insuficiente para atender a demanda faz com que produtores de outros Municípios antecipem a busca pela venda do grão. Ontem, de acordo com o calendário da Conab, o atendimento era destinado para os criadores de Acopiara, mas já havia produtores de Quixelô e mesmo de Iguatu querendo comprar o produto. "É por causa do nosso desespero que é grande, pois o gado está passando fome", disse o criador José Roberto Soares.
Mais informações:
Federação da Agricultura do Estado do Ceará (Faec)
Fone: (85) 3535.8000
Superintendência da Conab no Ceará. Telefone: (85) 3252.1722
Fonte: DN
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