Arrastada
ao longo dos anos, a Reforma Política articulada em novos contornos
tende a simplesmente não sair do papel em 2013. Em debate há mais de uma
década no Congresso, a proposta voltou a ser destaque no início do ano
legislativo, sendo tema prioritário de vários candidatos à Mesa Diretora
da Câmara dos Deputados.
Em
abril, o presidente da Casa, deputado Henrique Alves (PMDB), inclusive,
chegou a afirmar que incluiria na pauta de votação, mas as lideranças
que trabalham para um acordo mínimo, não conseguiram e a matéria foi
retirada de pauta. Agora, ninguém sabe mais quando essa reforma entrará
em discussão novamente. Alguns deputados acreditam que o desenrolar de
alguns pontos só ocorram no próximo ano. Há, então, quem defenda criação
de uma Constituinte para que a Reforma Política seja realmente
realizada no País.
Para
o deputado federal Chico Lopes (PCdoB), o Brasil está hoje ainda mais
longe de aprovar uma mudança substancial no sistema eleitoral do que há
alguns anos. Ele, porém, defende a instalação de uma Constituinte para
debater a matéria.
Chico
Lopes lembrou que o sistema eleitoral não atende mais as necessidades,
por isso a sociedade se manifestou elaborando a Lei da Ficha Limpa e o
Judiciário interfere através da cassação de mandato. Segundo ele, o
Parlamento até poderia aprovar a Reforma Política, mas, desde então, os
pontos de consenso diminui entre as principais legendas e o tema acaba
esfriando. Lamentou, ainda, que um País em desenvolvimento não tenha a
menor perspectiva de qualquer reordenação no sistema eleitoral e,
portanto, caso ocorra, sairá de forma “fatiada” e, as principais
questões não serão votadas.
Sobre o financiamento público de campanha, Chico Lopes afirmou que, infelizmente, tentam passar uma visão distorcida do debate.
Ele
ressaltou que é preciso votar uma proposta de reforma política que
acabe com as campanhas milionárias, destacando que as eleições recentes
demonstram que o sistema de financiamento atual está esgotado.
“É necessário que tenhamos um sistema político que dê segurança ao eleitor e em quem ele votou, e o que for eleito deve respeitar a vontade soberana do povo -, mas não pode ser orientado pelas grandes empresas que financiam a campanha eleitoral”, explicou Lopes.
“É necessário que tenhamos um sistema político que dê segurança ao eleitor e em quem ele votou, e o que for eleito deve respeitar a vontade soberana do povo -, mas não pode ser orientado pelas grandes empresas que financiam a campanha eleitoral”, explicou Lopes.
oestadoce.com.br
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